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domingo, 1 de mayo de 2011

MA ANANDA MOYI 28 de Abril, 2011






Eu sou Ma Ananda Moyi.
Caríssimas Irmãs, caríssimos Irmãos, dignem-se aceitar a graça, graça de sua Presença e de minha Presença.

Eu venho junto a vocês para irmos, juntos, ao mais profundo do que seja possível ir no que concerne à Vibração da Semente de Estrela AL.

Como portadora dessa Vibração, vamos tentar, juntos, descobrir os fundamentos oriundos dessa Vibração, assim como ao que ela corresponde nos tempos que vocês vivem.

Como nossa Mãe de todos nos disse ontem, vocês entram diretamente na aurora desses últimos dias que devem conduzi-los a encontrar e a manifestar a Consciência que é sua para além dos véus da Ilusão.

Aí estão quase trinta anos que a Vibração e a Consciência do Espírito Santo voltam a penetrar esta Terra.
Aí estão agora dois anos que a irradiação do ultravioleta penetra também esta Terra.
Essa penetração é, de algum modo, uma fecundação que conduz ao próprio título da exposição que é a Maternidade.

Maternidade exterior ou Maternidade interior.
A Água e o Fogo.
A Vibração do ponto AL é a Vibração do silabário originário, matricial, não falsificado, remetendo ao sumério original e remetendo a tudo o que pode exprimir-se através do L.
De fato, a Vibração de AL é a mesma que a Vibração de ELE, ELA, OL ou UL, em oitavas diferentes.

A Luz veio fecundar esse mundo, ali estabelecer-se, a fim de restabelecer a Verdade da Unidade.

Minha presença nesse mundo há algum tempo foi a ocasião de levar à Consciência da humanidade o papel e a função da água e do Fogo transcendidos.
Eu fiz, naquele momento, apenas realizar o que eu era.

Hoje vocês estão, todos, diante disto: penetrar as esferas da Unidade ou permanecer nas esferas da dualidade.

Compreendam efetivamente que não há julgamento de valor nem de hierarquização em relação ao seu caminho que lhes é próprio e que lhes pertence.

O Fogo é de várias naturezas, como lhes foi desenvolvido.
Existe um Fogo chamado fogo do ego, fogo matricial, cuja característica é essencialmente o mundo das emoções.

Existe um Fogo do Espírito, que está além das emoções, traduzindo-se pela Alegria inefável de viver Sat Shit Ananda.

A Luz foi proposta pelos Casamentos Celestes ao conjunto da humanidade.
Muitos seres humanos acolheram essa Luz, dela se serviram e ainda não viveram esse Abandono total, de que lhes falou um Arcanjo, à Luz.

O Abandono à Luz pode ser vivido apenas se há transparência.
O Abandono à Luz pode ser vivido apenas se há humildade e simplicidade.
Dito em outras palavras, em outros tempos, pelo Cristo, isso dá: «Aquele que quiser elevar-se será rebaixado. Aquele que se abaixar será elevado».

A atualidade desta Terra no plano espiritual é marcada por certo número de eventos em relação com isso, justamente.
Certo número de seres humanos buscou elevar-se ao grau de divindade sobre esta Terra.
Na Índia isso é chamado, em meu país de origem, os homens-deuses ou as mulheres-deusas que, tendo vivido a Luz, monopolizaram essa Luz, dela apropriaram-se e apresentam-se, aos olhos dos humanos, como deusas ou como deuses, desencadeando um mecanismo de adoração chamado fogo do ego, estritamente nada tendo a ver com o Fogo do Espírito.

A atualidade desta Terra, no plano espiritual, hoje, demonstra os perigos de tal dualidade, porque todo ser humano que reencontra a Luz, fazendo-a sua, sem tornar-se transparente, corre esse risco que o bem amado Venerável Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV) chamou o fogo do ego.

Esse fogo do ego vai fazê-los sair da alegria para fazê-los penetrar na exaltação, na emoção e na adoração, afastando-os de si mesmos.

Vocês entram, naquele momento, no que é chamado um fenômeno de Maternidade exterior, fechando-os, através do abraço, na Ilusão do Coração.

O Coração é liberdade e liberação, ele não será jamais adoração de qualquer forma humana, mesmo do Cristo.

Enquanto vocês adoram vocês não podem tornar-se o que vocês adoram.
Trata-se de um mecanismo de projeção, baseado na emoção, em relação com uma falha interior relacionada, justamente, ao que é proposto por aquele ou aquela que se diz ser portador da dimensão de Mãe ou de Pai divino.

Essa Maternidade exterior vai se traduzir por uma adesão formal, manifestando-se por estados efetivamente afastados da serenidade e da paz Interior conferidas pela Alegria da liberdade.
Trata-se de uma Maternidade exterior que remete ao jogo de sedução e da dualidade perpétua.

Então, é claro, nesse mundo falsificado, existiram, desde muito tempo, processos chamados iniciações.
Inúmeras sociedades ditas secretas e, sobretudo, no Ocidente, tentaram fazer crer aos humanos que eles iriam aceder à Luz praticando rituais, ritos.
Nada há de mais falso.

A Unidade, chamada em meu país o Advaita Vedanta (ou o monismo, em sua tradição), não pode em caso algum sobrepor-se a essa dissimulação.

A Maternidade Interior é outro processo, um processo de maturação em que, como disse a Fonte, quando ela tomou um corpo: «o Salvador está no interior de vocês».

Enquanto vocês são dependentes de uma imagem exterior, levada por um humano, a adoração vai desencadear um mecanismo de falsificação afastando-os de sua própria Luz e dando-lhes a Ilusão da Luz.

Eu lhes falo disso porque, atualmente, muitas almas, em todos os países do mundo, apropriam-se da Luz estando persuadidas de serem Pais divinos ou Mães divinas ou ainda de serem os únicos capazes de fazer descer, como eles dizem, o Supramental sobre a Terra.

A Inteligência da Luz não tem necessidade da inteligência humana para manifestar-se.
Ela é, de toda eternidade.

A vocês mesmos, hoje, é-lhes solicitado para tornarem-se humildes e simples.
Enquanto existe, através de vocês mesmos, uma projeção exterior sobre outro ser humano, vocês não podem tocar a verdade do que vocês são.
Vocês passam de um mecanismo de Maternidade Interior para uma Maternidade exterior.
A Maternidade Interior corresponde ao nascimento do embrião Crístico.
Ela lhes permite realizar sua divindade Interior pela transparência, pela humildade, pela simplicidade.

Cristo dizia também: «reconhecer-se-á a árvore por seus frutos».
Os frutos da Maternidade Interior serão sempre a humildade e a simplicidade.
Os frutos da Maternidade exterior serão sempre a emoção, a exaltação e o afastamento do Coração.
Não pode ser de outro modo.

Cristo os preveniu: «Haverá numerosos profetas que virão, em meu nome ou em nome da Luz, o que dá no mesmo. Cuidado ao segui-los».
Nada há a seguir porque, enquanto vocês seguem outro ser humano, vocês não se seguem a si mesmos.
Naquele momento, vocês se engajam num caminho de não retorno à Unidade.

A Unidade, a abertura do Coração apenas pode ser vivida de si mesmo para si mesmo, ela não pode ser conferida por qualquer autoridade exterior, qualquer que seja.

A maior armadilha da iniciação situa-se neste nível: é fechá-los na Ilusão Luciferiana que, por minha presença como Ma Ananda Moyi e Estrela AL, permitiu reverter.

O trajeto AL - AL, existente entre a ponta de seu nariz e a raiz das sobrancelhas, é a ilustração dessa reversão, permitindo-lhes superar a Dualidade e permitindo-lhes penetrar além do Ele e do Ela, além da adoração exterior, na compreensão e na vivência de que vocês são, ao mesmo tempo, Ele e Ela e que, realizando isso, nesse mundo falsificado, vocês podem apenas estar na humildade, na simplicidade, fazendo cessar então o jogo das projeções, o jogo das adorações, o jogo da semeadura de uma personalidade exterior, como portadora de uma Energia que vocês buscam que, de fato, estará sempre e apenas e sempre no Interior de vocês mesmos.

Muitos seres vão-se apresentar neste período final da humanidade como salvadores.
Muitos seres vão-se apresentar em todos os países como portadores do Espírito Santo, portadores da Energia da Mãe ou do Pai.
A partir daquele instante, eles se disfarçarão e os conduzirão sobre caminhos de Dualidade e da perda de sua Unidade.

Nós insistimos longamente, uns e outros, sobre o modo de encontrar sua Unidade, que depende apenas da Luz e de nenhuma autoridade exterior, fosse ela a mais luminosa.

Dito em outros termos, a maior parte dos Anciões e a maior parte das Estrelas que viveram no século XX desencarnaram-se a partir da chegada do Espírito Santo, a partir do mês de agosto de 1984, por uma simples e boa razão: é que o Mestre exterior devia desaparecer em proveito do Mestre Interior.

A emoção humana tem sempre tendência a buscar uma complementaridade no exterior de si mesmo.
Isso é procedente da falsificação da matriz, da dualidade dos sexos, nada tendo a ver com a Unidade e podendo ser um simulacro de Unidade.

João disse, sob ditado de Cristo: «Haverá muitos chamados e poucos escolhidos».

Muito numerosos são os seres humanos a terem sido chamados e poucos foram escolhidos.

Eu venho falar-lhes disso porque vocês entram no mês de maio.
Esse mês de maio, que é o mês final da redenção, aquele em que vocês devem fazer calar o conjunto das ilusões que os animam ainda, o último mês em que lhes é possível voltar a ganhar sua Unidade, seu Coração e o Fogo do Coração e não o fogo do ego.

Existe na humanidade, devido à irrupção da Luz, certo número de seres humanos que captaram essa Luz, que a guardaram e que, portanto, permitiu um obscurecimento dessa Luz, devido à não transparência deles.
Essa não transparência é escolha deles.

Os seres humanos que entram em ressonância com essa não transparência, chamada exaltação ou emoção (nada tendo a ver com a Alegria ou o Fogo do Coração) estão necessariamente sob a influência de forças que os afastam da Unidade, da integridade e que os afastam, ainda e sempre mais, da própria Realização.

O despertar, a Realização, não é algo que possa se encontrar, de maneira alguma, no exterior de si.

Qualquer ser humano, hoje, que se proclame investido de uma Luz e que queira retransmitir essa Luz não pode, em caso algum, pertencer às esferas da Unidade, isso é impossível.

A Maternidade Interior passa pela porta da humildade, pela porta da simplicidade.
Vocês não podem ser, nesse mundo, outra coisa que Portadores de Luz, outra coisa que Sementes de Estrelas.

Querer desempenhar um papel, querer ser uma pessoa os afasta da Existência.
Vocês não podem ser uma pessoa e estar no Ser.
Vocês não podem manter a Dualidade e viver a Unidade.

A Unidade necessita, como o Arcanjo Anael disse, de uma doação total de si mesmo, não recorrendo mais a dados humanos.

Como dizia Cristo: «Vocês estão sobre esse mundo, mas vocês não são desse mundo».
Outros Anciões disseram, e eu poderia dizer também, que esse mundo é uma projeção total, ligada à visão e ligada ao confinamento no triângulo Luciferiano (chamado também Fogo Prometeico).

Esse Fogo Prometeico é o fogo do desejo, é o fogo que disfarça o Coração sob uma forma de sensualidade, de abraço, nada tendo a ver com o Coração, mas fazendo-se passar pelo Coração.
Isso não os conduzirá jamais à Alegria e à Unidade.
A Unidade apenas pode ser encontrada em si mesmo.
Uns e outros, nós amplamente insistimos nisso.

Muito numerosas advertências foram efetuadas, permitindo-lhes extrair-se da Dualidade e entrar em sua própria Unidade, que é plenitude, completude.
É naquele momento que vocês podem servir à humanidade, e não antes.

Tornar-se Semente Estelar, Ancorador da Luz necessita não ser mais nada e, sobretudo, não reconhecer qualquer autoridade exterior, mesmo minhas palavras, mesmo as palavras de um Ancião, nem de um Arcanjo, porque são vocês mesmos que descobrem vocês mesmos.

Apenas vocês é que podem abrir o templo de seu Coração para a verdadeira Dimensão da Unidade, e não para a Ilusão da Unidade, feita de sentimentos humanos, de atração humana, de jogos de sedução onde o Coração não tem seu lugar.

O ser humano travestiu muito as palavras de Amor e de Coração, através do que poderia ser chamada a sedução, a tomada de posse e, sobretudo, a aniquilação da Existência.

Vocês são, hoje, nesses tempos, confrontados, uns e outros, não mais a si mesmos, mas aos outros, seja em sua família, seja com seus próximos (entre aqueles que seguem a Unidade, que vivem a Unidade e aqueles que permanecem na Dualidade).
Uns e outros estão em oposição total.

Então, a Unidade não se importa com a Dualidade, ela não se importa de denunciar os jogos da Dualidade, porque elevar o ponto AL (ou seja, revertê-lo, rebaixá-lo, como foi feito pelo triângulo do Fogo Luciferiano, para o Fogo do Éter), traduz-se pela humildade, pela simplicidade, pela Atenção, pela Ética, pela Integridade, pelo Aqui e Agora, afastando-os sempre mais da Ilusão e da visão chamada clari-visão.
Isso foi explicado na última parte do Yoga Integrativo, por UM AMIGO.

O emblema da Ilusão desse mundo, seja através de religiões ou através de conceitos de sociedade, sempre foi feito para afastá-los de sua Unidade, fazendo-os buscar uma segurança no exterior, seja num companheiro ou num organismo social que vai premuni-los e preveni-los, mantendo assim uma falha no ser humano, assimilada a uma falta e projetando essa falta ao exterior, como para reencontrar, no exterior, sua própria integridade.

Vocês não podem encontrar a mínima integridade enquanto seu olhar se coloca no exterior, para encontrá-la.
Trata-se apenas de um jogo de projeção de espelho, de Ilusão a Ilusão, reforçando-os no ego e afastando-os sempre mais de sua própria Unidade.

A Luz é Inteligência, isso nós sempre dissemos, umas e outras, uns e outros.
Essa Inteligência basta-se a si mesma, ela não tem necessidade de qualquer processo, nem iniciático, nem, sobretudo, de outro ser humano para olhá-los através dela porque, enquanto vocês se olharem do exterior, vocês não poderão ver a si mesmos.
Porque, enquanto vocês adorarem no exterior, vocês não poderão penetrar a humildade e a simplicidade da adoração da Luz.

Não pode existir personificação da Luz.

A realização do Fogo do Coração é justamente, exatamente o inverso.
É a dissolução da personalidade na Existência, conferindo a capacidade para viver o Samadhi em suas diferentes escalas, na Alegria Interior, na paz, no que eu chamei Sat Chit Ananda.
Todo o resto, ligado a outro ser humano, quem quer que seja, é apenas um simulacro que os afasta, sempre e ainda mais, de sua própria Unidade, desembocando, de maneira inexorável, no Fogo Prometeico, fogo do desejo, fogo da posse, fogo da sedução, reforçando a dualidade homem – mulher, Ele ou Ela.

Vocês são chamados a tornar-se AL, ou seja, a elevar-se além de sua condição, masculina ou feminina.
Vocês são chamados a tornar-se Luz, androginia primordial, bem além dos jogos da dualidade existentes na humanidade hoje.
É um ou o outro.

Em outros termos, como lhes dizia o bem amado Comandante dos Melquisedeques, vocês não podem permanecer um e o outro, vocês não podem permanecer entre duas cadeiras, vocês são obrigados, hoje, a ir, honesta e definitivamente, para a lagarta ou para a borboleta.

A transmutação, ou metamorfose final que vive a humanidade, começa dentro de muito poucos dias, como lhes anunciou Maria.
É durante esse mês que vai desempenhar-se a separação das duas humanidades, e esta será total.

Eu repito: não lhes cabe, como não nos cabe julgar o caminho de um ou de outro, mas simplesmente iluminar, quando isso for possível, a diferença essencial e importante entre a Maternidade Interior (que é a única verídica), conduzindo-os ao Coração pelo nascimento do embrião Crístico (situado ao nível do ponto OD), e permitindo-lhes exprimir ER, ou seja, seu éter, sua eternidade, sua divindade, bem além de toda dualidade.
Ou então escolher a manutenção do confinamento.

O confinamento recorre a uma complementaridade exterior, ele recorre a uma insatisfação, devido a uma não plenitude interior de Luz, fazendo-os sempre buscar uma Luz no exterior de si mesmos.

Viver a Maternidade Interior é aceitar estar além dos véus da Ilusão da personalidade, o que vocês são, em definitivo, de toda a eternidade.

Não há iniciação para isso, não há trabalho, há apenas que revelar o que vocês são, e isso pode ser feito apenas através de sua própria aquiescência à Luz.

Os numerosos ensinamentos, os Casamentos Celestes, não estão aí para serem integrados ou digeridos intelectualmente, mas estão aí para serem experimentados, para além de qualquer crença porque, eu posso dizer assim, enquanto vocês creem em algo de exterior a vocês, não podem crer em vocês mesmos e não podem manifestar o Amor.
Vocês podem apenas manifestar emoções semelhantes ao amor, mas que não são o Amor.

O Amor é um Fogo.
O Amor é um Fogo devorador, manifestado pela Vibração da Coroa Radiante do Coração, por um Fogo que se manifesta nas três lareiras e que os estabelece na completude, na Alegria, na Unidade e, sobretudo, na humildade e na simplicidade.
Humildade e simplicidade em que vocês se tornam totalmente transparentes, que somente a Luz se torna o que vocês são: vocês nada mais são do que a Luz.
Isso é chamado, em minha tradição: a dissolução bramânica.

Enquanto vocês estiverem presos à sua personalidade ou a outra personalidade, vocês não podem viver isso.
Aí estava a armadilha de certo número de ensinamentos chamados iniciáticos, presentes hoje e presentes desde tempos extremamente antigos, mesmo nas religiões, apresentando-lhes um padre, um monge, como um intermediário entre vocês e a Luz, apresentando-lhes Cristo como algo que virá salvá-los.

Ninguém o salvará a não ser você mesmo.
Nenhum ser humano pode fazê-lo em seu lugar.

Viver a Maternidade Interior é transformar o ponto AL, é juntar-se à androginia primordial, tornar-se ao mesmo tempo Ele e Ela, a fim de criar suas próprias asas e ir para além do Ele e do Ela, justamente.

Enquanto há busca exterior de qualquer forma, Luz, vocês não estão em sua própria Luz.

O que eu tenho a dizer corresponde ao período que se abre a vocês, em que seus olhos vão-se abrir, como foi anunciado por alguns de nós.
Muitos seres humanos hoje vivem o despertar desse 12º corpo, e as manifestações inerentes a esse despertar traduzem-se pela percepção etérea dos mundos da Unidade.

Alguns de vocês veem o Sol em sua nova cor.
Alguns de vocês ouvem o som da Terra e do Céu, enquanto outros seres humanos não o ouvem ainda.
Estes veem claramente, veem além da aparência da Ilusão, veem além da aparência dos jogos da sedução e da atração, a fim de restituir-los a si mesmos, se tal é sua decisão, durante o mês que se abre.

Ir para a realização de sua Maternidade Interior é dar à Luz ao Cristo Interior, é não buscar um salvador ou qualquer ressonância no exterior de si mesmos porque, nesse caso e em definitivo, vocês serão puxados à sua Dualidade e, portanto, à personalidade.

Eu repito: não é questão nem de julgar nem de condenar o que quer que evolua na personalidade, ainda é preciso estar lúcido e consciente desses jogos que se jogam.
Então, é claro, alguns Irmãos e Irmãs encarnados têm essa capacidade, pelo ouvir do Som da Terra e do Céu, pela elevação e o rebaixamento do 12º corpo, pela Androginia primordial, de ver além da aparência e da Ilusão.

É claro, ninguém pode convencer ninguém, porque aqueles que estão na crença, qualquer que seja, afastam-se da própria experiência da Unidade.
A experiência é o oposto da crença.
A crença é uma forma de Maternidade exterior que os faz projetar, sempre e ainda, ao exterior de vocês, essa sede de Luz, enquanto ela está em vocês.

A Maternidade Interior não é do domínio da crença, ela é do domínio da experiência e os faz viver a completude e a Unidade, independentemente de qualquer autoridade exterior, fosse a de mais Amor, em linguagem humana.

O desafio está nesse nível porque, é claro, os seres que se apresentam como homens-deuses ou mulheres-deusas são capazes de drenar multidões consideráveis.
Alguns seres drenaram, durante a vida, dezenas de milhões de adeptos que os seguiram cegamente, até negar a própria existência de algumas manifestações totalmente opostas à Luz, sendo da ordem do que eu chamaria a Ilusão, a mais sutil e a mais profunda.
Não há, através disso, qualquer julgamento, mas simplesmente a experiência que deve ser efetuada com relação a cada um e o que cada um é no Interior dele mesmo.

Vocês não têm necessidade de nada mais além da Luz e, sobretudo, não de um intermediário com relação a essa Luz, porque aquele que quiser se apresentar como um intermediário da Luz tornar-se-á opaco à Luz.
E ele não pode, obviamente, conduzi-los à Luz, mas unicamente no abraço da emoção, da exaltação e, em definitivo, da perdição.

Cristo disse: «Àqueles a quem muito foi dado, muito ser-lhes-á pedido».
As lagartas, como vocês as chamam, não têm qualquer noção e qualquer consciência do que é a Luz, porque o confinamento nas crenças, o confinamento na ilusão foi muito mais forte do que a vontade da alma, da potência do Espírito para manifestar essa Luz tal como vocês tiveram a chance de vivê-la através dos Casamentos Celestes.

Recordem-se também, de que Cristo disse: «Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros» porque estes despertarão de um dia para o outro, de um minuto para o outro e irão para a Luz.
É por isso que ele pediu a vocês para não julgar e para respeitar o caminho de cada um, na condição, contudo, de ver claramente em vocês.

Ora, hoje, inúmeras Sementes Estelares veem cada vez mais claramente na Ilusão desse mundo, na Ilusão dos comportamentos de alguns.
Então, o que é preciso fazer?
É preciso afirmar sua Maternidade Interior e mostrar, com um Coração amoroso, o que é a Maternidade exterior que afasta de Cristo.
Agora, ter mostrado basta.

Nada há a impor, porque a maior parte dos seres fechados nas crenças seguirá essas crenças até o final.
Eles não terão os meios psíquicos para sair desse mundo de crenças e desse mundo da Ilusão.
A Luz é transparência total.
Ela lhes pede para não mais ser nada aqui, para ser tudo no outro mundo.
Esse é o princípio, eu diria, de um vaso comunicante.

Um dos Anciões exprimiu perfeitamente essa noção de humildade e de simplicidade, o Mestre Philippe de Lyon, porque, quando ele respondia, em sua vida, como podia ele fazer tais milagres, é justamente porque ele era o menor aqui, mas o maior no Céu, retomando, assim, de algum modo, as palavras de Cristo.

Ora, se vocês nada são aqui, como vocês podem transmitir a Luz?
Há, nesse nível, uma questão essencial que cada um deve se colocar.
Vocês podem, é claro, por ressonância, implementar formas de Yoga, mas compreendam, efetivamente, que o que os atravessa é a Luz e não qualquer vontade pessoal.
E que, aliás, aquele que é atravessado, realmente, pela Luz, recebe tanto quanto aquele a quem ele dá, mas, a partir do momento em que há uma reivindicação, há apropriação.
A apropriação eleva a personalidade e rebaixa a Unidade: sempre o mesmo princípio de vasos comunicantes.

Esse jogo entre o Fogo Prometeico e o Fogo do Espírito é ilustrado pelo basculamento do ponto AL situado na raiz dos cabelos e descendo à raiz das sobrancelhas.
Apenas quando essa conexão e essa reversão são efetuadas, é que o trajeto AL-AL pode implementar-se e propiciar a vocês a visão dos Éteres, a visão da Unidade, a visão para além da Ilusão, nada mais tendo a ver com esse mundo nem com a matriz astral.
Não se trata mais da Clarividência, não se trata mais de uma visão do 3º olho, mas da percepção íntima, real, pelo olhar do Coração, do que é a Verdade e do que é a Ilusão.

Cabe, portanto, a vocês decidir, em toda lucidez, para onde vocês querem ir, mas vocês não podem pretender tornar-se a Unidade aderindo a qualquer Dualidade.
Cabe a vocês decidir.

A Maternidade Interior não dá de modo algum os mesmos frutos que a Maternidade exterior.

A Maternidade Interior confere a Paz, o equilíbrio, a ausência de emoção, a ausência de julgamento, um estado de equanimidade em que o Ser, em toda humildade e em toda transparência, sabe que ele nada é, porque ele é tudo em outro lugar.
Então, como pode ele reivindicar o mínimo status nesse mundo?

A Maternidade exterior vai desenvolver o Fogo Prometeico, o desejo, a necessidade de sensações, a necessidade mesmo de Vibrações que não são as Vibrações do Fogo do Coração, mas da emoção do Coração, estritamente nada tendo a ver com o Fogo do Éter estabelecendo-se na Coroa Radiante do Coração, e dando a Ilusão.

Então, é claro, cabe a vocês definir, interiormente, o que vocês vivem.
Isso corresponde inteiramente à frase que pronunciou São João, sob o ditado de Cristo: «Haverá numerosos chamados e poucos escolhidos».
Os chamados serão marcados na fronte, sim, como aqueles que viveram a iniciação Luciferiana, mas que ali permaneceram fechados, aceitando e aquiescendo a uma hierarquia ou a uma autoridade exterior predominante à deles.
Cabe a vocês saber.
Cabe a vocês viver.
Ou cabe a vocês crer.
Vocês não podem viver e crer ao mesmo tempo.

Elevar o ponto AL é rebaixá-lo, é ir além do Ele e do Ela para poder ser o Alfa e o Ômega, podendo dizer, naquele momento: «Eu e meu Pai somos Um» e não: «Eu sou o Pai».
«Eu e minha Mãe somos Um» e não: «Eu sou a Mãe».
Mesmo se vocês são, em definitivo e fora desse mundo, o Tudo, um fragmento da Fonte, e a totalidade da Fonte.
Mas certamente não nesta Ilusão, mas além da Ilusão desse mundo.
Toda a nuance, e é grande, situa-se nesse nível.

Percorrer o Alfa e o Ômega, tornar-se o Caminho, a Via, a Verdade e a Vida pode-se apenas fazer quando há Abandono a toda pretensão e a toda Ilusão nesse mundo.
Isso foi ilustrado pelo Cristo durante seus 40 dias de deserto, onde o próprio Satã propôs a Ele o Reino.

Seu Reino está dentro ou seu Reino está fora?
Dito em outros termos: Vocês vivem sua Maternidade Interior ou vocês creem numa Maternidade exterior?
Disso decorrerá seu futuro Vibratório.
Ser-lhes-á feito segundo sua fé.
Ser-lhes-á feito segundo sua Vibração.

Tornar-se autônomo, como o disse Irmão K, é isso.
Vocês não podem manter qualquer dependência a uma crença, a um ser e tornar-se autônomo. É impossível.

Então, se vocês vão para a autonomia, vocês devem Abandonar-se, inteiramente, e parar qualquer forma de projeção, qualquer que seja, ao exterior de si mesmos.
Isso, obviamente, não os fecha, bem ao contrário, mas os libera.
Ainda é necessário aceitar vivê-lo.
Ainda é necessário aceitar ali ir para poder ali estabelecer-se.
Então, amem, sim, acima de tudo.

Quais são seus frutos?
Será que eles se situam numa adoração pessoal ou será que eles se situam na adoração da Luz Una, para além da Ilusão desse mundo?
Não há outra escolha e é essa escolha que vocês são chamados a efetuar durante esse mês de maio que se abre muito em breve.

Aí estão as algumas palavras que eu tinha vontade de dar-lhes e que me foi atribuído dar-lhes.

Se, é claro, existem, e eu o espero, interrogações com relação a isso, vamos juntos tentar ter mais Vibrações e mais elementos que nos permitam compreendê-lo e vivê-lo juntos.

Deixemos amadurecer as questões, deixemo-las aflorar à Consciência, sejam transparentes.

Durante esse tempo, lembrem-se de que sempre a vida, mesmo na Beleza desse mundo (porque é muito bela, mesmo se foi falsificada pela consciência humana), colocá-los-á sempre face às suas próprias falhas: é o princípio da lei de ressonância e de atração.

Assim, se existe em vocês uma falha de natureza emocional, apresentar-se-á uma emoção que virá preenchê-la, dando-lhes a Ilusão e reforçando a Ilusão dessa falha.
Enquanto, se vocês descobrem sua própria Unidade, sua própria Completude e Eternidade, naquele momento, nada mais vem a faltar no Interior do que vocês são, porque vocês se tornaram inteiramente transparentes à Luz.
Vocês realizaram a dimensão KI-RIS-TI, ou seja, Filho Ardente do Sol.

O Sol tem necessidade de outra coisa além dele mesmo para ser um Sol?
Enquanto as questões sobem, a palavra Maternidade foi empregada propositalmente, porque ela remete a IM, ou seja, ao Mistério.
IM tem a mesma raiz que UM, AM e IM.
A Matriz, a matéria, a manifestação, a Maternidade remetem à mesma Vibração.
A Maternidade pode, efetivamente, assim como a matriz, voltar-se para ela mesma ou voltar-se para a Unidade.
É exatamente o mesmo princípio que está no trabalho.

Questão: como um menino a quem faltou o Amor materno pode superar esse aspecto de falta sem buscá-lo toda sua vida junto a uma mulher?
Irmão bem amado, a falta pertence, justamente, à Ilusão.
Se há uma identificação com essa falta (que foi, no entanto, vivida no passado) é que existe, naquele momento, como você mesmo disse, uma falha.
Essa falha não pode ser preenchida no presente, porque ela vem de um passado.

No presente não pode existir solução para algo que pertença a um passado ou a um futuro.

A plenitude, a completude, a Unidade apenas pode se encontrar no presente.
Enquanto há busca exterior para preencher uma falha, há comportamento que é oriundo da dualidade.
Então, é claro, o conjunto da humanidade, enquanto não encontrou sua Unidade, funciona de maneira dual: ação/reação.

Aquilo de que falamos é a ação de graça.
A ação de graça revela-se a partir do instante em que vocês aceitam olhar suas próprias sombras, suas próprias falhas, de frente.

Olhando-as de frente, estas vão transcender pela Inteligência da Luz presente em vocês, e ela se preenche, realmente.

O princípio não é encher uma garrafa que vaza, senão é preciso enchê-la sem parar.
O princípio é parar o vazamento.

Ora, como a Luz para o vazamento?
Simplesmente aceitando olhá-lo de frente.

Esse mundo é um mundo de Ilusão.
A personalidade, sua própria presença nesse mundo é uma projeção numa Ilusão.

A partir do momento em que há descoberta do Si, não pode existir a mínima Ilusão que possa estender-se ou amplificar-se.

Você é a Luz do mundo.
Você é o Tudo.
Você é Um.
Nada mais há no exterior do que você é.

A entrada na Unidade e na Existência é um Abandono da personalidade e uma entrada em si para manifestar o Si.

Você não é, tampouco, suas falhas; você não é, tampouco, suas privações.
Você não é nada de tudo isso.
Você é um Filho da Luz e um Filho do Um.

Como é que um Filho do Um poderia ser incompleto, a não ser por uma projeção nesta Ilusão?

Vocês não são o resultado de seu passado.
Vocês são o resultado da graça.

O próprio princípio da Maternidade (e não falarei, desta vez, nem de Maternidade Interior, nem de Maternidade exterior), o princípio de filiação, segundo a carne e o sangue, o Cristo veio para romper esse círculo vicioso introduzido, há extremamente muito tempo, por linhagens não humanas, chamadas relações do sangue, que não têm qualquer existência nos mundos da Unidade.

A filiação, tal como vocês a vivem nesse mundo através de seus pais, seus ascendentes e seus descendentes, não existe nos mundos Unificados.

Vocês são eternos, de toda a eternidade.
Vocês são Infinitos desde tempos indefinidos.
Não existe limitação alguma.

A limitação vivida nesse mundo induz limitações, faltas e falhas, mas vocês não são nem essas faltas nem essas falhas, assim como vocês não são desse mundo.

Enquanto existe uma identificação com uma de suas falhas, ou seja, quando vocês dão peso a essa falha, vocês dão peso a um passado e esse passado invade seu presente (como um remorso, como uma tristeza, como uma falta, como uma falha), mas vocês não são isso.
Vocês são o Si, vocês são a Fonte, vocês são o Um.

Vocês são uma parte do Um, vocês são os Arcanjos, vocês são eu mesma, vocês são a Fonte.

Então, por que querer limitar-se em uma pessoa, qualquer que seja?
Por que limitar-se às falhas realmente presentes nesse mundo?

Ir além da falha não é não vê-la, é justamente vê-la, é justamente transcendê-la, não enchendo uma garrafa que está furada, mas efetivamente aceitando que vocês não são o recipiente, mas o conteúdo.
Esse passo, que corresponde à última reversão (o basculamento do ponto AL situado ao nível da raiz dos cabeços para a raiz das sobrancelhas), é o basculamento final.
É aquele que se acompanha, como foi anunciado por Sri Aurobindo, pelo choque da humanidade, e é agora.

Isso pôde ser exprimido por um filósofo bem conhecido no Ocidente: vocês observaram uma sombra sobre um muro e vocês a observaram tanto, essa sombra, que sua consciência projetou-se nessa sombra e dentro dessa sombra.
Vem uma Luz exterior que vem iluminar o muro, mas, chocando-se ao que vocês são, cria uma sombra ainda mais forte sobre o muro.
Vocês veem a Luz ao redor de vocês, vocês buscam essa Luz, mas, em momento algum vocês pensam em olhar a Luz.
Vocês continuam a olhar o muro.

Ora, vocês não são nem o muro nem a sombra, vocês são a Luz.
Apenas a personalidade, o Fogo Prometeico é que quer fazê-los crer o inverso.

Questão: nessa Maternidade interior, qual é o papel e a função da complementaridade feminina para um homem?
Ao nível do ponto AL, você é Ele e Ela.
Enquanto existe uma busca exterior, seja sexual, afetiva ou espiritual, não pode haver complementaridade em você.
Isso é um condicionamento fazendo-o crer que há necessidade de encontrar um eterno feminino.

Na linguagem da Nova Idade, isso foi chamado alma irmã ou chama gêmea.
Se existem almas irmãs ou chamas gêmeas, elas existem, mas jamais foi dito que havia necessidade de reencontrá-las no exterior de si.

A partir do momento em que os Arcanjos estão presentes em você, a partir do momento em que você aceita que é uma parcela e a totalidade da Fonte, a partir do momento em que começa a viver a Consciência de Si e o Samadhi, não há qualquer complementaridade exterior a buscar, porque você é completo e inteiro, em você sozinho.

Crer que algo de exterior à Luz, mesmo veiculando a Luz, vai trazer-lhe a complementaridade é um engano.
Apenas a personalidade é que se crê incompleta e que vai construir cenários, mesmo nesse mundo, em que ela vai aplicar as leis da matéria como as leis do Espírito.
Mas as leis do Espírito não são as leis da matéria.

As leis da Unidade nada têm a fazer, nem a ver, de perto ou de longe, com as leis da Dualidade.
A Dualidade é baseada na falta, ligada ao bem e ao mal, e fechada no triângulo Luciferiano, fazendo-os sempre, e mesmo em suas estruturas cerebrais, posicionar-se em relação a algo, como um bem ou um mal.
O bem sendo, nesse nível, apenas o oposto do mal e o complementar do mal.

A Unidade não é nem o bem nem o mal.
Ela é o Tudo que transcende e supera o bem e o mal.

A graça, nos mundos Unificados, não tem de modo algum a polaridade, tal como vocês a concebem, por exemplo, complementaridade homem/mulher.

Existem polaridades.
Um Arcanjo tem uma polaridade que vocês qualificariam de masculina.
Uma Estrela tem uma polaridade que vocês qualificariam de feminina.

Mas, nos mundos Unificados, isso não tem o mesmo alcance, nem o mesmo valor, nem a mesma representação, como para vocês, desse lado do véu.
As leis da matéria não são as leis do Espírito.

Há, em você, sua feminilidade.
Quando você toca a Androginia primordial, o ponto AL, seja ao nível das frequências Metatrônicas, seja ao nível das Estrelas de Maria, dá exatamente a mesma percepção.

Aquele que vive o acesso à Unidade não é nem homem nem mulher.
Isso não quer dizer, contudo, que ele deva privar-se de qualquer sexualidade, mas isso vem muito naturalmente porque, tendo a completude vivida no Interior, todos os jogos da Dualidade eliminam-se natural e espontaneamente. O que não é, é claro, o caso no Fogo Prometeico em que, naquele momento, qualquer que seja a idade e as condições, tanto para o homem como para a mulher, isso vai se traduzir por necessidades específicas, nada mais tendo a ver com a completude Interior.

Para um homem, viver sua Maternidade Interior ou sua feminilidade Interior (porque é exatamente o mesmo processo) consiste em aceitar sua parte feminina, integrá-la e manifestá-la.
Manifestá-la dá, naquele momento, uma incapacidade ou uma impossibilidade de manifestar qualquer polaridade masculina ou feminina, porque essas duas polaridades são, então, transcendidas.

Questão: como mãe, eu me sinto no desconforto, porque não reajo mais como antes, mas há, apesar de tudo, ainda uma forma de relação.
Cara Irmã e Bem Amada, isso é lógico: a partir do momento em que uma maternidade é levada, no sentido, desta vez, fisiológico, há necessariamente criação de uma relação.
Você está, entretanto, ainda encarnada, e essas relações são, certamente, dentre as que foram criadas, entre as mais fortes.

Agora, vamos tomar as coisas diferentemente.
Você pode dizer-me de quem o Arcanjo Miguel é o filho?

Resposta: da Fonte.

Inteiramente, e não de uma mulher.
Você mesma, você é filha de quem?

Resposta: de um ponto de vista biológico, de meus pais, e daquele do Espírito, da Fonte.

Bem Amada, a resposta é falsa.
Biologicamente, nesse quadro limitado, temporal, desta vida, você é a filha biológica de seu pai e de sua mãe; agora, no plano estritamente biológico, você é a filha de Maria.
No plano do Espírito, você é a filha da Fonte.

Questão: que o ego esteja saturado ou não de Amor, isso em nada muda o processo de abandono à Luz e de Realização?
O ego, quando está saturado de Amor, vai apropriar-se do Amor.
O ego não estará jamais satisfeito.

Somente o Si está satisfeito, porque ele nada reivindica, ele é transparente e deixa passar a Luz, contrariamente ao ego que vai dela apropriar-se.

Eu teria podido chamar também a isso a Maternidade exterior e a Maternidade Interior.
A Maternidade exterior é uma projeção da consciência na Ilusão.
A Maternidade Interior é uma não projeção da consciência nela mesma, identificando-se então a ela mesma e a nada mais na Ilusão.

Para prosseguir com relação a isso, quando o Comandante fala da lagarta e da borboleta, não pode ali haver melhor imagem, melhor representação e melhor Verdade.

Vocês são ainda lagarta, na qual o impulso para o casulo e para a crisálida nasceu, para alguns de vocês, desde já muito tempo.
A lagarta tem a escolha de permanecer lagarta e de recusar tornar-se borboleta, mas vocês não podem ser um e o outro.

Do mesmo modo que vocês não podem, no que vocês chamam nesse mundo, ir para o além e manter esse corpo em vida.
Ora, aí, o que chega é sua Liberação, não é a mesma coisa que passar de vida à morte.
É, eu diria, antes, passar de morte à vida.

Lembrem-se de que vocês estão num mundo invertido e de que o que vocês chamam a vida nós chamamos a morte.
O que vem é realmente uma Ressurreição ou um Renascimento.

O ego ou a personalidade tem muita dificuldade para aceitar a própria morte.
Isso foi desenvolvido pelo Bem amado Sri Aurobindo há numerosos meses.

Questão: aceitar olhar as próprias falhas de frente, é isso a transparência?
Inteiramente.
É também não reter a Luz, deixá-la atravessá-lo, porque quanto mais a Luz o atravessa, mais você se torna transparente, a fim de conduzir a uma situação que se poderia chamar um prisma que pode decompor a Luz, que deixa passar a Luz.
Mas o prisma é totalmente transparente.
Se você aceita ser um prisma nesse mundo, isso quer dizer que você não está mais na personalidade.

Questão: que significa a expressão reter a Luz?
Reter a Luz quer dizer, simplesmente, não manifestar Sat Chit Ananda, quer dizer não estar na felicidade porque, quando vocês não retêm mais a Luz, então, naquele momento, vocês exprimem e manifestam a felicidade ou o Samadhi.

Questão: não estando todos no Samadhi, isso significa que todos retêm a Luz?
Sim, se não, vocês não estariam mais aí.
É exatamente o que está acontecendo e que vai acontecer, mas vocês devem, entretanto, fazer o aprendizado disso.

É muito simples: se vocês não retivessem mais, de modo algum, a mínima Luz, vocês estariam no Samadhi permanente.

Eu os engajo, então a reler o que me aconteceu, em alguns períodos de minha vida, em que eu podia passar várias semanas ou meses no mesmo lugar, no mesmo local, sem comer, sem dormir, sem mover.

Questão: a criança Interior pode manifestar-se sob forma de imagem de criança, no sentido próprio?
A criança Interior é uma dimensão específica da alma.
A maternidade Interior dá nascimento ao Cristo Interior e não à criança Interior.
A criança Interior é uma etapa para o Cristo Interior e, portanto, o precede.

Questão: o verdadeiro Abandono à Luz significa não fazer retenção da Luz?
É sinônimo.
O Abandono à Luz confere a Alegria Interior e o acesso ao Fogo do Coração.

Questão: a imagem da criança interior representa a pureza e a transparência?
Não.
É uma etapa para.
A criança Interior é a Vibração da Alma.
O Cristo Interior é a Vibração do Espírito.

Questão: é exato que quando a alma está no Maha Samadhi, ela não existe mais?
Ela dissolveu-se, inteiramente.
Há Cristo e nada mais.

Questão: é essa imagem de criança Interior que representa a etapa em que se está hoje?
Em certa medida.
O Cristo Interior está desabrochando, isso lhes foi dito por Maria ontem, uma vez que o Cristo será visível em seus céus.

Questão: o que você entende por «o Cristo vai aparecer em nossos céus»?
Aparecer em seus céus Interiores.
O Cristo voltará como ele partiu, assim como ele disse, em sua Embarcação de Luz, uma vez que tudo tiver sido purificado o que, parece-me, não é ainda o caso, uma vez que a purificação ou a dissolução total da Matriz começa em alguns dias.

Questão: aconteceu-me de vê-lo sob forma de Luz. Eu me virei para você e você então me mostrou o planeta Terra. Qual é o significado dessa vivência?
Amar a vida e não uma imagem, porque mesmo o corpo que eu tomei era apenas uma imagem, assim como você habita uma imagem.
Esse corpo ao qual as consciências são apegadas, esse corpo humano, é constituído da terra e de nada mais.

A Alma e o Espírito não são desse mundo.
A Terra é quem decide. Isso nós dissemos, umas e outras.
A Terra é também uma Mãe.
Amar a Terra Mãe é amar a Vida, para além da aparência e para além da obliquidade da Luz.

Questão: se o corpo é feito de Terra, é ele quem decide sua liberação, como a Terra?
Cara Irmã e Bem Amada, a Terra decide sua liberação.
Imagine que você esteja, hoje, num lugar preciso em que a Terra decidiu liberar-se e onde, portanto, o solo se abre sob seus passos, onde a água invade o lugar em que você se encontra: você está, efetivamente, dependente da Terra.

O corpo não é uma representação da Terra, o corpo é uma representação da perfeição que foi fechada, certamente, mas representação da perfeição.

O corpo é uma densificação de representações arquetípicas, desde a Fonte, passando pelos Hayot Ha Kodesh, os Arcanjos e todas as Dimensões intermediárias.
Porque esse corpo, ilusório, é o Templo em que deve despertar-se o Cristo Interior.
O corpo é oriundo da Terra, em sua estrutura, mas não em seu agenciamento.
A Terra foi fecundada ou semeada pelas matrizes cristalinas, trazidas há mais de vinte milhões de anos.
Essa semeadura, pelas matrizes cristalinas, permitiu o desenvolvimento da vida consciente, para além da própria Consciência da Terra.

Questão: para poder irradiar a Luz sem retê-la, é desejável multiplicar os períodos de alinhamento, como os de 19h às 19h30 cada dia?
Caro Irmão, alguns de vocês já vivem isso.
É preciso, efetivamente, compreender que não basta querer exercer qualquer vontade com relação a isso, mas efetivamente deixar-se, aí também, imergir pela Luz.

O que acontece naqueles momentos?
Alguns de vocês o vivem já, trata-se de momentos em que o Fogo os invade, nos quais nada mais de sua personalidade existe, nos quais por vezes alguns de vocês adormecem ou também vivem estados de Samadhi.

Mas não são vocês que decidem, ainda que lhes seja pedido, efetivamente, para acolher esses momentos quando eles se manifestam porque, justamente, eles não são decididos pela personalidade, mas são o reflexo do impulso da Alma ou do Impulso do Espírito para viver isso.
Existe sobre esta Terra uma multidão de Seres humanos que oraram toda a vida sem, no entanto, terem encontrado qualquer Luz.

Questão: que significa o fato de adormecer, por vezes, nesses espaços de alinhamento?
Isso corresponde ao que foi desenvolvido por um Arcanjo sobre a Consciência Turiya.
Existe uma Consciência de vigília, uma Consciência de sono, uma ausência de Consciência e Turiya.

A ausência de Consciência, chamada sono ou sonho, mas, sobretudo, sono é a porta que os conduz a Turiya.

Questão: não é, então, necessário lutar contra esse sono?
Meu caro Irmão, sobretudo não, porque lutar contra o sono recorre à personalidade.
Abandonar-se ao sono faz parte da Supra Consciência porque, quando você não está aí, a Luz trabalha muito melhor do que quando você está aí.

Questão: a Liberação da Terra passa necessariamente por eventos que se poderia qualificar de catastróficos, como a subida das águas, os tremores de terra?
É apenas a primeira etapa.
Esta Terra será regenerada pelo Fogo, o Fogo do Espírito, mas, é claro, aqueles que estão na personalidade chamarão a isso o fogo da destruição.

O Fogo vem, efetivamente, destruir a Ilusão, uma vez que tudo é projeção da consciência nesse confinamento.
Aquele que está pronto para viver sua transmutação final e o despertar para a totalidade de sua Existência não poderá jamais chamar a isso catástrofe, mas liberação.

Questão: o Samadhi pode ser vivido não importa em qual circunstância?
Inteiramente, ele é totalmente independente de circunstâncias exteriores.
É o ego (e efetivamente nós somos todos obrigados a passar por aí) que crê que, porque ele vai alinhar-se, ele vai viver mais facilmente o Samadhi.

Quando eu era levada em meu Samadhi, isso podia ocorrer não importa em qual circunstância e não porque eu havia decidido.
E eu diria mesmo, sobretudo, não porque eu o havia decidido.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Irmãos e Irmãs bem Amados, eu penso que as algumas palavras que eu lhes dei fizeram Vibrar em vocês alguns elementos que lhes permitirão viver o que há para viver doravante.

Que sua Presença e minha Presença, juntas, aqui, sejam preenchidas de graças.

Eu sou o Alfa.
Eu sou o impulso.
Eu sou Ele e Ela.
Eu sou o que vocês são.
Até breve.


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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com